RENAJUD: entenda como funciona e quais são os direitos do devedor
- Rodrigo Ghiggi
- 29 de ago.
- 2 min de leitura
O RENAJUD é um sistema eletrônico que conecta o Poder Judiciário ao DENATRAN/DETRAN, permitindo que juízes realizem, de forma direta e rápida, restrições sobre veículos de pessoas físicas ou jurídicas que figuram em processos judiciais.
Por meio dele, podem ser aplicadas medidas como:
🚫 Bloqueio de transferência – impede a venda do veículo;
⛔ Restrição de licenciamento – dificulta a circulação em via pública;
🔒 Restrição judicial de circulação – pode até impedir o uso do automóvel;
📝 Penhora e remoção – em casos mais graves, possibilita a apreensão do bem.
Como o RENAJUD afeta o devedor?
Para quem está sendo executado em um processo judicial, o impacto pode ser significativo. Muitas vezes, o veículo é essencial para o trabalho, transporte da família ou manutenção da atividade empresarial. Um bloqueio desproporcional pode gerar sérios prejuízos.
É importante destacar que:
O bloqueio deve sempre respeitar os princípios da proporcionalidade e razoabilidade;
O juiz deve avaliar se o bem é imprescindível para a subsistência ou atividade profissional;
O devedor pode requerer a substituição da penhora por outros bens ou garantias;
O uso do sistema não pode resultar em constrição abusiva ou ilegal.
O que fazer se seu veículo foi bloqueado pelo RENAJUD?
Caso você tenha sido surpreendido com uma restrição, é possível:
Consultar o processo para verificar a origem da ordem judicial;
Solicitar ao juiz o desbloqueio do veículo, comprovando sua necessidade para o trabalho ou sustento;
Propor a substituição da penhora por outro bem menos gravoso;
Apresentar defesa técnica alegando excesso de execução ou irregularidade na medida.
Conclusão
O RENAJUD é uma ferramenta importante para dar efetividade à Justiça, mas precisa ser aplicado com equilíbrio. O devedor tem direito de se defender contra bloqueios abusivos e garantir que apenas bens disponíveis e proporcionais à dívida sejam atingidos.
👉 Se você teve seu veículo bloqueado judicialmente, busque orientação profissional. Uma defesa bem construída pode evitar prejuízos desnecessários e assegurar o respeito aos seus direitos.

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