Engavetamento: quando um erro atrás vira prejuízo para vários

Imagine: você está numa fila de veículos, trânsito parado, tudo sob controle — até que um carro aparece de trás sem tempo pra frear. Ele bate, seu carro é empurrado, e alguém mais à frente também é atingido. Esse é o cenário típico de engavetamento, e é aí que surge uma teia complexa de responsabilidades e direitos. Se você já viveu isso ou teme viver, este texto é pra você.

⚠️ O que é engavetamento, juridicamente falando

• É uma colisão em cadeia: vários veículos são atingidos um após o outro.

• Há impactos traseiros sucessivos, sendo que nem todos os envolvidos deram causa direta ao acidente.

• Frequentemente entra em jogo a chamada teoria do corpo neutro: veículos que foram empurrados contra outros, sem que seu condutor tivesse culpa voluntária (ou omissa) ligada ao início da sequência.

Como a lei trata o engavetamento

• O Código de Trânsito Brasileiro exige que todo condutor mantenha distância de segurança do veículo à frente.

• Quando alguém colide na traseira de outro, a lei presume que houve falha do motorista que bateu atrás.

• Em engavetamentos, quem provoca o primeiro impacto geralmente responde por todos os danos da sequência.

• Veículos empurrados contra outros, sem que o condutor pudesse evitar, podem ser considerados “corpo neutro” e não serem responsabilizados.

O que fazer após um engavetamento

1. Tire fotos e vídeos dos veículos e da pista.

2. Registre boletim de ocorrência e anote dados de testemunhas.

3. Verifique se há câmeras de segurança ou dashcam.

4. Guarde orçamentos e notas de conserto.

5. Procure atendimento médico, mesmo que as lesões pareçam leves.

6. Consulte um advogado especializado antes de aceitar qualquer acordo. Se você se envolveu em um engavetamento, não precisa enfrentar tudo sozinho. Um advogado especializado pode transformar confusão em solução — e garantir que seus direitos sejam respeitados.